domingo, 20 de março de 2011

pequeno trecho do rangers 7 O resgate de erak

A sentinela não chegou a ver a figura de roupas escuras que avançava como um fantasma pela noite em direção ao castelo de Araluen. (…)
O posto da sentinela ficava no cordão externo, fora dos muros do imenso castelo, junto da torre sudeste. A água escura do fosso ondulava levemente atrás do homem, fazendo com que a superfície agitada pelo vento refletisse as estrelas e as dividisse em milhares de minúsculos pontos cintilantes de luz. Diante dele, estendia-se uma ampla pastagem em torno do castelo, cuidadosamente tratada, imaculadamente cortada e pontilhada com árvores frutíferas que ofereciam sombra.(…)
O intruso estava andando na direção dela.
O vulto escuro deslizou para as sombras de um pequeno bosque, a quarenta metros do banco, e se jogou de bruços no chão. Dando uma última olhada para avaliar sua posição, rastejou para fora das sombras de rosto abaixado, procurando o abrigo da mesa.(…)
Foram necessários dez minutos para cobrir a distância até a mesa. A poucos metros do objetivo, o vulto ficou paralisado quando o guarda se enrijeceu de repente, como que alertado por algum som ou leve movimento – ou talvez apenas por uma sensação intuitiva de que nem tudo estava bem. Ele se virou e olhou na direção da mesa sem notar o vulto escuro imóvel a poucos metros dela.(…)
Quando a sentinela relaxou de novo, o vulto escuro deslizou pelos últimos metros até o abrigo da mesa. Levantando-se devagar para ficar agachado, o intruso analisou a situação. A sentinela, depois de muito se mexer e bater os pés, tinha se postado a uma distância maior da mesa, mas não o suficiente para evitar problemas.
Havia uma longa tira de couro presa à cintura do intruso. Agora, solta, podia se ver que era um estilingue com uma bolsa de couro macio no centro. Uma pedra lisa e pesada foi colocada na bolsa e o vulto se ergueu um pouco, começou a girar a arma simples em um círculo lento e amplo, usando movimentos mínimos do punho e aumentando a velocidade aos poucos.
A sentinela percebeu o som estranho na noite. (…) Parecia algum tipo de inseto, ele pensou… uma abelha gigante, talvez. Era difícil determinar a origem do som. Então sua mente despertou. Uma das outras sentinelas havia mencionado um som parecido dias antes. Ele tinha dito que era…
PANG!
Um míssil invisível atingiu a ponta de sua lança. A força do impacto fez com que a arma fosse arrancada das mãos descontraídas, jogando-a para longe. (…) O grito de alarme congelou em sua garganta quando o intruso puxou para trás o capuz que escondia longos cabelos loiros.
– Relaxe! Sou só eu – ela disse, o divertimento evidente em sua voz.
Mesmo no escuro, mesmo a trinta metros de distância, a voz risonha e os bonitos cabelos loiros… identificaram …

compre aqui
Publicado por Editora Fundamento em 30 Nov 2010 

Nenhum comentário:

Postar um comentário